Consigo
ouvir-te ao longe num tom sério, sem ser grave, e sereno, misturado no marulhar
de um mar que se agiganta. Procuro ver-te ao vivo, sentada, matizada pelo Sol,
dobrada sobre o ventre, a segurar as pernas, como se receasses poder partir sem
vontade. Um livro aberto, pousado ao teu lado, com um carinho que só eu consigo
ver, sobre uma carteira colorida para o proteger da areia, folheado brandamente
pelo vento. O vento, transformado em brisa, que transporta o teu odor, combinado
com o perfume e a maresia. Brisa que me toca, que me afaga e que me arrefece
sem me abrandar.
Deleite de sentidos.
Sinto que me torno denso, enquanto percorro os meus dilemas de pensamento lateral. Penso de novo. Repito-me. Diluir também não me parece uma solução arrazoada; iludir resultará num adiamento do encontro com a verdade.
Fui, por fim, tomado, primeiro pela penumbra, depois pela obscuridade, naturais, entrecortadas pelo potente foco luminoso do gigante das riscas horizontais, farol que serve de guia para uns e que me denuncia, a espaços.
Universo, actuar e tempo. Sobra-me espaço, falta-me espaço e dou espaço.
Deleite de sentidos.
Sinto que me torno denso, enquanto percorro os meus dilemas de pensamento lateral. Penso de novo. Repito-me. Diluir também não me parece uma solução arrazoada; iludir resultará num adiamento do encontro com a verdade.
Fui, por fim, tomado, primeiro pela penumbra, depois pela obscuridade, naturais, entrecortadas pelo potente foco luminoso do gigante das riscas horizontais, farol que serve de guia para uns e que me denuncia, a espaços.
Universo, actuar e tempo. Sobra-me espaço, falta-me espaço e dou espaço.
Olá boa noite. Agradeço muito a tua preocupação obrigada. Hoje não tenho estado muito bem resultado de ocorrências de já há algum tempo. Perco-me entre o nevoeiro e abundam a "chuva" nos meus olhos. Lamentável, mas passa! Tudo passa e isto tem de passar. Li este teu texto e pareceu-me vê-la lá a observar o horizonte pensando se larga ou não as pernas e adquire asas... Vejo-lhe a cor da carteira o livro pausadamente folheado e até quase lhe sinto o perfume. Lindo! Poético, sonhador e real. Sentido um deleite de sentidos como dizes, mas para quem lê. Fizeste-me sonhar um bocadinho e esquecer-me das minhas dores. Obrigada! Um beijinho doce e tudo de muito bom para ti. Uma noite de paz, com mais inspiração. É uma honra ter-te como amigo.
ResponderEliminarUm retrato que coloca a quem lê nesse deleite de sentidos.
ResponderEliminarComo se de nós se tratasse.
Muito bom!
Noctívaga:
ResponderEliminarTambém me sinto honrado com a tua presença.
Obrigado!
Obrigado, S.o.l.!
ResponderEliminar;)