Mais do que uma maré de troça, permanece como uma
constância e uma substância de contestação que vem e vai, de igual modo que os
sargaços ao sabor das ondas. Mas não passa de uma repulsa empertigada. O
flamingo-dourado é da mesma opinião.
Horas, uma poção e uma porção de oportunidades. O moliço
agudiza a objecção, embora embrenhado na tarefa de subsistir sob a contaminação
que exorta em recusa. A água deixou de ser cristalina, continua a ser salina.
Vontade! Desconsidero os símbolos de gerúndio gentio, os
prefixos e os símbolos de ligeireza e mutabilidade procedentes da chegada da trachea
atriplicis*, carregada de memórias do Vouga. Porque vem a assombração da borboleta,
uma e outra vez, escarnecer sobre o confluir na Ria e o desembocar no mar?
Talvez o mofar seja próprio da sua natureza, que não julgo, não detesto e não
ridicularizo, mas não adoro, não reverencio e não amo.
Agarro-me ao hífen sem grandes pormenores, enquanto os
advérbios descansam, absortos do lugar, do tempo, do modo, da intensidade, da dúvida,
da afirmação, da negação, em palhas e abraçados aos adjectivos.
*N.A.: Borboleta nocturna da família das noctuidae.
[Sem destinatários. Trachea atriplicis - também designada por traça.]
ResponderEliminarOlá Henrique!Fiquei triste com este post. Pareces revoltado, aborrecido com alguém, alguma coisa. Também não gosto de traças, nem do seu voo contínuo e do que me lembram... Espero que esteja tudo bem contigo e com os que amas. Desejo-te uma boa semana. Um beijinho grande!
ResponderEliminarOlá, Noctívaga! As traças/borboletas fazem parte de lendas de vários povos. Por vezes associadas a prenúncios, a espíritos, outras vezes associadas ao renascimento ou recomeço, entre outros.
ResponderEliminarEstá tudo bem comigo, acredita.
Um beijinho
Mesmo nas coisas menos boas, existe um lado positivo. Cabe-nos a nós conseguir perceber qual.
ResponderEliminarSol:
ResponderEliminarDe acordo! Ou seja, concordo.
Beijinho