segunda-feira, 30 de abril de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Noite (1)

  
Eu, a noite, o céu, as estrelas, a Lua e as nuvens que se dissipam...
Eu, a noite, o céu, as estrelas, a Lua e as nuvens que se dissipam...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Contornos e ambiência da semente


A lâmpada do candeeiro da rua que se apaga;
Estrelas com regras que não se vêem e se repetem,
Escondidas pelas nuvens que uma luz parda reflectem
E que formam uma abobada que me limita o horizonte que afaga.

O sonho que inquieta o sonho do sonho, numa fraga
Erigida para além dos entendimentos que se acometem
E o frio que se instala no ventre, por sentidos que se remetem
A uma contestação sem voz, num aviso que se propaga.

O sentimento prévio de um evento vizinho e forçoso,
Que se entrelaça e cresce fora do domínio da vertente
E que contorna o equilíbrio, a distância e o oficioso.

O vislumbre de um assombro que se quer clemente,
Num gesto inequívoco de um carinho inteiro e delicioso.
Semeei as palavras de onde colho o dilema da semente.


domingo, 22 de abril de 2012

Não é uma fórmula, é a forma


Evito palavras, reservo algumas.
Solfejo canções de embalar para serenar a ilha,
Lamento desafinar e destruir a melodia.
Não quero acertar, sempre,
E, por outro lado, nunca acertei.
Todas as músicas me conduzem a ti.
Pergunto-me porque não paro de tremer;
Se serei eu o vulcão;
Como nasce o amor.

Não amo metades ou meios,
Nem por meios ou pela metade.
Nunca sou só eu
E sou sempre eu mesmo,
Com a convicção de que, para sempre, não serei igual.


Algo importante


Sinto que do ar faço parte
E consigo tocar-te as mãos,
Os ombros,
O rosto
E faço parte de um abraço de modo,
Solto e desocupado.

Enquanto uns querem que eu finja
E outros estão ávidos por mentiras,
Eu parto,
Fixo-me fundo no teu âmago
E deixo um pouco de mim,
Por cada regresso,
Não sei bem onde mas,
Já não estou completo;
Ou talvez me faltes.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Palma


O meu arbítrio no átrio, de pé,
E a minha vontade descalça e despida,
Enquanto o mundo estremece e se extrema.
Desconheço onde se deteve a fé,
Não a vejo, não a sinto, desde a subida,
Na vaga claridade de uma vez dobrada
Que não quero escrutinar e quero amada.

Observo os vincos da palma,
Aguardo um momento,
Mesmo antes de cair no consentimento.
Não sei como se constrói uma alma.


Farol de Aveiro - Praia da Barra, Ílhavo (2)


pôr-do-sol
Farol de Aveiro - Praia da Barra, Ílhavo - A partir do Forte da Barra de Aveiro


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nota


Um pouco de mim ainda flutua,
Do outro lado da Lua,
Num oscilar de bobo,
Com a raiz exposta
À procura de uma resposta.

No meu ar paira um pouco de ti,
Quem nunca conheci,
Numa outra rua,
Com um passo certo
Que se dissipa quando desperto.

Nota!