terça-feira, 17 de julho de 2012

O amor


Um corpo enérgico e dolente;
A centelha que se apaga e cresce;
A aflição que se conforma;
Bem-estar sem estar consciente;
A tensão que sobe e desce;
A esperança que se transforma;
A solidão que uma multidão preenche;
O salvamento sem redenção;
A cura que é doença;
A ausência que é presença;
A serenidade que é confusão.

Uma felicidade ansiosa;
Uma amargura desejada;
Um golpe que magoa e deleita;
Uma solicitude preguiçosa;
Uma inibição emancipada;
Uma vontade contrafeita;
Um cativeiro voluntário;
Uma pena sem sofrimento;
Uma dor sem sentimento;
Um querer sempre contrário.

Um dinâmico torpor…
Isto, provavelmente, não é o amor.


5 comentários:

  1. 'Rique, olá!

    Não é o amor, provavelmente. [Eh! Eh! Eh!] O amor tem muitos sentimentos contrários.
    Entendo-te e à ironia do afecto, e ao que fica, no seguimento. Se alguém cobrar, cobrar, cobrar... Desconfiar, desconfiar, desconfiar; se nos "servem tudo" constante, ou quase constantemente, em causa; se só se recebem exigências; entre outros, como chantagens, choros... Apesar de poder conter o reverso, isso não é, definitivamente, amor ou o amor. É pretensão de possuir o outro, de se assenhorar de outrem, de manipular...

    Um beijinho!

    (Estou a gozar férias mas, a acompanhar-te. E acabo de descobrir uma falha no blogger... :) Vê e-mail.)

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    1. Olá, Vera!

      Concordo com o teu comentário.

      Um beijinho!

      (Boas férias!
      Nota: Fiquei incrédulo, para que vê de fora é igual. :|)

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    2. (Fiquei sem palavras, a comer letras... "para quem vê de fora"...)

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    3. [Pode!?... *#´x%`@&"~^ª§¨º / *baixo calão :) ]

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