Os pássaros perdem as imagens, são uma confusão de sons sem
passagens,
e o dia vai, vai numa fila de contratempo; vai com poesia
e sem tempo.
Suponho, neste abraço rodoviário, que a vida pode ser um
sonho;
pode, um beijo imaginário, ser muito feliz, num fim de
tarde de calendário,
onde crescem paredes numa hera que veste um casaco de
primavera.
Aveiro está no choco, a incubar palavras sensíveis, no
ulmeiro.
Os canais, de céu descomunal, mas legível, acolhem a
noite exequível,
a noite inapelável, que tem mais asas do que voo provável
e a arte de estar ausente. Eu, não tenho nada; faço
parte, paciente.
[sobrevoo]
Muito bom! Amei as suas palavras!!
ResponderEliminarBeijo. Bom fim de semana!
Nem sei o que dizer... É um agradável e estimulante condensado de palavras... Gosto poema!
ResponderEliminarBjks :)
Queria dizer: Gosto do poema!
Eliminar:)
Adorei o fazer parte... de um belo cenário poético... que tão bem nos mostras... na tua visão... em palavras...
ResponderEliminarUm poema belo, profundo e introspectivo, como sempre por aqui...
Bom ter-te de volta! Beijinhos! Feliz semana!
Ana
Belíssimo poema! Parabéns! É... "A arte de estar ausente" faz nós sermos mais presentes que o governo que passa. Grande abraço. Laerte.
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