segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Junto a mim


O arrepio alastrou e apossou-se de todo o meu ser,
Senti o meu corpo com todos os seus pêlos eriçados.
O sussurro ao ouvido, de pecados ainda não consumados,
Provocou a torrente e deixou-me em sobressalto sem querer.

Chovia, era noite, estava deitado e senti-me estremecer.
Um sonho no sono, conduzido por seres alvos e alados?
Abri os olhos devagar, tudo breu e os receios inflamados,
Os sentidos despertos e em alerta, para tentar compreender.

A estranheza do inusitado e a sensação de desassossego,
Deram lugar à cuidada assombração do entendimento.
O calafrio, já sereno, dissipava-se e regredia sem apego.

Sentir que eras tu junto a mim, deu-me um novo alento.
Ouve! Houve um tempo em que tudo parecia perdido, sem relevo.
Nada sei sobre o que há-de vir, aprecio o júbilo deste momento.


08/02/2007



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