Por vezes, as gaivotas adoptam um porte de
silêncio e de quase imobilidade, que adaptam aos meus sentidos e à sua natural curiosidade,
perante a minha natural intrusão, para manifestar e significar termos de
doutrinas ancestrais, tácitas, que expõem e descarnam sem enunciar. Aparentam alimentar
intimidade e cumplicidade comigo, numa relação de cautelas, avanços e recuos, e
uma total inutilidade perante a força dos elementos, violentados e compelidos por
intensivas práticas humanas e caprichos próprios e antigos.
Da noite anterior ficou o travo da sofisticação
e requinte da sociedade engalanada. De toilette
a traje, de gala dotada de alarde; de eau
de toilette a água de toucador, essências para municiar…
Clap! Clap! Clap!
Aplausos! Anuências, risos, sorrisos e trejeitos
de circunstância. Uma nova aranha, nova, tece a sua teia sobre um rosto, por
caridade. Rosto improvisado e inexacto; teia a transportar como um véu;
caridade descartável. A face da teia da compaixão. Urdir.
O crepitar da lenha de pinho na lareira mistura-se
com o estralejar dos sentidos que reúnem, agrupam e caracterizam, uma vez mais,
as sensações já várias vezes analisadas, impregnadas de vida, instruções e
orientações, por vezes, imprecisas. Agradeço o calor que me cinge e retempera.
Fico sinceramente desconcertada com alguns dos teus posts e este é um deles... desconcertante. A noção do que "sinto" aqui é tão grande que estive para não comentar pois já me perdi no meio do tanto que me parece ser isto... e do nada que será absolutamente, segundo o interiorizo Sendo que as "semelhanças" me enlouquecem eu eu já não consigo sequer saber quem e onde estou. Peço perdão talvez pela incoerência do comentário, mas para mim faz todo o sentido, de tal forma que só me apetece ser fantasma. Desaparecer. Diluir-me. Para sempre! Parar e esquecer tudo! Sinto-me totalmente ultrapassada!!!Se ao menos tivesse força para isso. Um beijinho e gostei como sempre! Aliás gostei muito e esse é o principio do meu problema... que não terá nada a ver com o que escreveste. Desculpa sim, vou tentar não te comentar desta forma. Começo a ser cansativa e despropositada. Perdão!
ResponderEliminarSe quiseres e claro não ficarei nada ofendida, mas agradecida apaga estes meus comentários. Beijinho resto de bom dia e bfsemana
ResponderEliminarEspero não ser motivo de embaraço. Faz-me sentido e creio entender (digo: «creio», porque, não sou pretensioso ao ponto de afirmar saber categórica e inequivocamente aquilo que apreendo, apenas, pelo teu comentário). Assim, só apagarei os comentários se for essa a tua vontade. Neles (comentários, ou em ti) não vejo qualquer ofensa, indignidade ou mal. Não encontro nada a perdoar, encontro motivos para agradecer. Agradeço a tua frontalidade e franqueza.
ResponderEliminarBeijinhos
;)
Eu é que te agradeço. Apagá-los por mim...Não! Não costumo envergonhar-me do que digo... Ou escrevo, penso ou sinto. Poderei ser tonta ao ponto de me importar realmente com o que outros pensam, mas mesmo assim assumo na totalidade os meus actos escritos ou não...Sempre! por isso mais uma vez obrigado e deixa-os ficar. Por mim, não tenho problema se os vês com tranquila benevolência e a normal educação e estima que mais uma vez só tenho a agradecer na tua bonita forma de ser e estar. Um beijinho bom resto de dia e de semana.
ResponderEliminarAlgo neste post me faz recuar. Como se desse mesmo um passo atrás. A explicação fica muito além das palavras.
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