Um cerrado
nevoeiro
De ignomínia omitia
Uma cativa
simpatia
E impedia-me de
saltar certeiro
Do meu carrossel
pungente
Nos teus braços
de gente
Para me unir a ti
Vertigem doce e contundente
Desnudo
Liberto-me de
frases
Fases
Que aludo
Senhas e termos
De lugares ermos
Confiança que
questionas
No meu olhar
sisudo
Procuro a minha
mão na tua
No teu meu sonho
Etapa que
componho
Sem passados de
lua
Ou desertos de
presente
A tua mão fria ou
quente
Firmeza que me é
estranha
Em afeição nua
Astúcias e enganos
Mostra-me os
ardis
E os dizeres gentis
Que escondem
manhas e danos
Que não vejo
Nem tão pouco
desejo
Morais ou profanos
A viver não sinto
nem quero
A dúvida por
eterna confidente
Em suspeita permanente
Em busca de elucidação
que exonero
A dissecar
prováveis sentidos ambientais
Entre outros carnavais
Nem atrás de
primeiros em missiva
Nem de segundos
que não numero
Ouço-te
alegremente
Passas no
meio-fio
Eu vou no centro
do rio
No íntimo da
torrente
Não há mistério
nem cio
Nem gente
descontente
Que me faça
esquecer-te
E que extinga
este vazio
Indica-me
caminhos recursivos
Vias de medianos espinhos
reversivos
Para te alcançar íntegra
e completa
Muito, muito bonito Henrique. Gostei mesmo muito. Tanto!
ResponderEliminarBeijinho e bom fim-de-semana.
Lindissimo poema. Magnífico! Desculpa não ter vindo mais cedo comentar hoje não estou bem, mas é sempre um gosto ler o que escreves. Fazes-nos sonhar em palavras. Beijinho e bom fim de semana
ResponderEliminarHá curvas com visibilidade ofuscante em cada trecho desta tua estrada gasta por palavras conhecidas por tantos e esquecidas por muitos. Vê-se um horizonte oscilante mas real. Bom fim de semana
ResponderEliminar(Tozzola)
Olá, S.o.l.!
ResponderEliminarUm beijinho
Olá, Noctívaga!
ResponderEliminarNão tenho que te desculpar por nada, só a agradecer.
Beijinho
Tozzola, olá!
ResponderEliminarUm grande abraço. Bom fim de semana!