É provável que passem nuvens muito escuras nos teus
olhos,
que descubras monstruosidades desconhecidas no teu
cérebro.
Mas, talvez seja preferível assim, e não o fazer em pleno
voo.
As casas de banho do amor são como todas as outras:
cheiram mal, se não as lavarmos, e é ali que nos
aliviamos,
até de algumas ilusões, necessária ou fatalmente, é
relativo,
ou fatal e necessariamente. Talvez, demorada e furtivamente.
Tentamos dar-lhes um ar atractivo, um toque afável, sem
assédio,
ter um quê de aprazível e de dignidade colados ao próprio
corpo,
quase sem luz, porque, quase, quase só sombra, repleto de
piedade
da própria vida e a fervilhar de natureza. Um pouco de
audácia,
outro de cobardia, em partes a gosto ou em partes à
sorte.
Depois, o voo prossegue, a vida não teve, sequer, intervalo
e, visto de cima, tudo tende a ser, concludentemente, mais
belo.
[sobrevoo]
Lindo texto! Adorei :)
ResponderEliminarBeijinhos
Divertido e sério, sem deixar de ser poético.
ResponderEliminar:)
Bjks
És um caso sério! :))
ResponderEliminarBeijo
Ai se o amor fosse assim tão bem compartimentado... seria um tema sobre o qual já estaria tudo dito, por ter contornos físicos, definidos... mas passamos a vida a querer tê-lo nas nossas vidas... e nunca nos chega... e por isso sempre será um sentimento e um tema inesgotável... numa vida sem intervalos...
ResponderEliminarSó se vive, para trazer amor, para dentro das nossas vidas...
Mais uma vez, voando por aqui, nas tuas palavras...
Beijinhos
Ana