Não sei se faz algum sentido: a cidade adquire a imagem
misteriosa dos outonos. Os canais da ria e as ruas, são,
neste momento hesitante, canais de neblina vestida
de conteúdo, que aponta ao instante; que é o alicerce
da noite e um dos seus fios de vida; que conta histórias
líquidas de infinitos que brotam do invisível e que despertam
de sonos profundos, com a delicadeza dos assombros
de natureza triunfante; que é forma verossímil e absoluta
da representação do sentimento entregue à substância.
E eu procuro, em toda esta fragilidade estética, a
tempestade
métrica do afecto, enquanto zelo monstros que fremem,
convicto de que tudo, tudo, tem uma solução sofrível.
[sobrevoo]
Sim, tudo tem uma solução. Sejamos os primeiros
ResponderEliminarAMEI!
Beijo e uma excelente semana.
Haverá sempre soluções... quando deixarmos de ter olhos, apenas para o problema... a natureza é sábia... e talvez por isso, tenha inventado a neblina... para se ter olhos apenas para as soluções... que normalmente sempre trazemos dentro de nós... em vez de nos distrairmos, com o que se passa à nossa volta... ficando imersos em problemas...
ResponderEliminarComo sempre, um poema, que não sendo nebuloso... é denso, e profundo... e nos deixa a matutar... :-)
Beijinhos! Boa semana!
Ana
Poderão ser poucas palavras, mas apontam para tantos sentidos e destinos. Há sempre uma solução, sim, faz-me sentido.
ResponderEliminarBjks