Dir-me-ão que as horas não brincam, que o vazio não
existe,
enquanto estendo, ligeiro, asas de léguas, que conseguem
não ver, e elas sentem o recôndito fio de outono mais
seco
e mais queimado, a acordar em pleno voo, de asa perdida,
envolto em cinzas de mistério sôfrego do próprio tempo.
Pelos meus próprios motivos, a luz espreguiça-se e o céu,
num azul mais frio, sustém a serenidade dos fins de tarde
de um outono de estômago cheio de horas que brincam
na essência do vazio fundamental. Nem sei como poderia
explicá-las sem o silêncio a florir para fora e para dentro:
o eixo do voo, o meu conforto e meio, a minha forma.
[sobrevoo]
Maravilhoso. Amei de verdade
ResponderEliminarBeijos e um bom fim de semana.
Sempre tão bom de ler. "Imagens" muito belas.
ResponderEliminarBjks
E o vazio, aqui... é mesmo um espaço não existente... pois todo este teu espaço, remete-nos para a imensidão, da poesia... e dos seus vôos perfeitos... em essência, e plenitude...
ResponderEliminarBeijinho! E aguardando que tu voltes...
Ana