Esta cidade não é uma oliveira num cabeço, entre casas,
Seria: Cabeço de Oliveira, não a tivesse o capricho,
Entre névoas, transformado em Oliveira do Bairro.
Chopin conduz-me, aqui, a um certo abismo de Cértima,
Um rio plácido, por vezes tingido de barro e arrozais,
Guardado, também, por cegonhas brancas;
Onde longe está o mar, que mergulha em mim, areia.
Um rio plácido, por vezes tingido de barro e arrozais,
Guardado, também, por cegonhas brancas;
Onde longe está o mar, que mergulha em mim, areia.
Abraço, também, a ausência, companheira.
Continuo em luta com imaginários planetas retrógrados
Que se dispuseram no meu caminho a solo, tão chão,
Numa visão impercetível aos meus sentidos.
Bach traz-me, agora e aqui, uma serenidade não vivida.
E não é tudo, nem tão pouco, nem tanto assim.
Continuo em luta com imaginários planetas retrógrados
Que se dispuseram no meu caminho a solo, tão chão,
Numa visão impercetível aos meus sentidos.
Bach traz-me, agora e aqui, uma serenidade não vivida.
E não é tudo, nem tão pouco, nem tanto assim.
Os labirintos são-me outros e sem conjeturas,
A que nunca foi dado, na desobediência à solidão;
Outras luzes, outras cores, a mesma carência.
As palavras dizem de mim as realidades
De quem as quiser ler, ou com quem.
Também te perguntas por onde andas?
Quem és tu, agora, e quem, agora, eu sou?
[miscelânea]
[18 de julho de 2024]