Ouço o som produzido pela passagem do vento por entre as
folhas dos álamos dos baixios próximos da ribeira e o som, em simultâneo, mas
distinto, produzido pela passagem do vento, as mesmas rajadas de vento, pelas
folhas dos pinheiros da encosta e dos carvalhos, próximos. No alpendre tilintam
os tubos metálicos do espanta-espíritos. Os cães parecem procurar saber como
estou e permanecem atentos aos ruídos que o vento produz ao passar por mim,
enquanto o gato testa os seus abraços e ensaia a ladainha, que termina em
súplica. Roga para que não o retire do meu colo. Perdeu o ar altivo e astuto,
abandonou a presunção e a vontade de me desafiar e sabe que os cães não o
importunarão aqui e que são determinados, persistentes e imensamente pacientes.
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