Num
presságio de tempo, os cúmulos distintos, tingidos
Pelo
resquício luminoso de cor púrpura, irradiado
Por
um Sol já ausente, exageram o espectro derrotado
E arremeto para de novo retroceder sobre a colina dos
vencidos.
Augura,
num murmúrio, um conjunto de rochas de sentidos,
Que
não me recorda, e espalha alguma glória no vento irado,
Frio,
que me instiga, e acaricia as pedras parideiras do lado.
Insurrectas
e zombeteiras, espalham amores de mouros perdidos.
Numa medida esquecida, a
apoteose dos relevos naturais,
Embora profanados pelas
reentrâncias inscritas,
Designam e chamam trilhos
de outras naturezas e de outras desditas.
Apontam-me, na partida, listelos
de exilados dos natais
Que no seio do céu escuro
tentam encontrar instruções teatrais.
Adivinha-se
o rocio. A cascata sussurra que já não quer mais visitas.
A beleza das tuas palavras e "quadros" que vai desfiando sentimento e contradição, sofrimento e ironia...E uma ponta de nostalgia e resignação (será que interpretei bem?) faz-me ficar...Ler! reler. Não só para parar e entender. Reler para perceber melhor e pensar sobre... Henrique!!! É belo. Tudo o que escreves. Fico sinceramente embevecida e emocionada e por vezes rio e quase choro contigo. Um dom como só os verdadeiros mestres possuem...Sou grata de te conhecer. Embelezas a nossa vida amigo e fica mais rica. Beijo grande. Obrigada por tudo!
ResponderEliminarEu é que agradeço, Noctívaga!
ResponderEliminarCompreendeste, sim, o sentimento, a contradição, o sofrimento, a ironia, a nostalgia, a resignação...
Um forte abraço e beijinho.
Um passo em frente, um passo atrás. Parar, mesmo quando se sente que se anda.
ResponderEliminarRetomar o passo, em frente... sempre em frente.