A tarde rasa
Numa rasa
Com tamanho
Sem medida
Com equívoco
Sem engano
Sem dono e simples
No curso de uma vaga ideia
De provação em riste
Posição que trespassa a existência
E um suceder de horas
Guita de mar ao largo
Sempre o mar
Sempre a reviver-se
Sempre a esquecer-se
Um
Sargaço de reunião
Que as ondas projectaram contra as rochas
Numa fusão efémera
Anéis em ângulo reto
Uma recriminação rasa
Num pensamento obtuso
O horizonte está sempre mais à frente
O presente fica sempre mais para trás
U
Que seja arcaico
Que seja desuso
De chorar a ermo
Prevalece incógnita
A natureza
É tarde
Para quando
Pára quando
A tarde cair sobre os ombros
Com o peso dos termos
E surge o limite
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