Eu luzo para o mundo, como o mundo sol não luz.
Não porque que eu seja uma estrela, mas, porque,
do meu escuro não quero ver o espasmo alheio
de seios intumescidos e desarrumados pelas manobras
de dedos ágeis e manhosos de comiseração.
As minhas partes podem, até, escrever a melancolia
dos silêncios, de igual modo que a dos tumultos,
ou a das sombras da idade, mas tudo isso está ligado
à corrente eléctrica de um sorriso. Apenas ingenuidade.
Talvez traga julho pela mão doce e protectora do meu
olhar,
a fonte da paisagem a sair da paisagem, sem nós ou
grilhões,
sem denunciar os espinhos cravados no meu íntimo oculto.
Eu, o mesmo que vos vai ouvindo; o mesmo que vos vai
dizendo:
Já amei, para toda a vida, mais do que uma vez na mesma
vida.
[sobrevoo]
Um poema muito bem conseguido!! Amei!
ResponderEliminarBeijo e um excelente fim de semana!
Um belo jogo de palavras e poesia, de imagens poéticas.
ResponderEliminarDestaco: «Talvez traga julho pela mão doce e protetora do meu olhar».
Bjks
Um poema que certamente, estará imbuído de muitos outros Julhos... que despoletaram muitos amores e momentos inesquecíveis... como são, assim mesmo... os amores de Verão...
ResponderEliminarComo sempre, inspiração no seu melhor, por aqui...
Beijinho! Até breve!
Ana
Bonito, muito bonito!
ResponderEliminarabraços brasileiros!