Na parte detrás do tempo, vejo a fotografia do rosto
abismado
da vida, o circuito magnético do sorriso e a ciência da
verdade.
Não houve um qualquer sentimento ou outra espécie de prisão:
não houve tempo, que não me podem oferecer. O tempo, essa
mesma e sempre nódoa de paciência e impaciência; que
requer
sempre mais de si e de pausa; com o seu próprio doce de
insónia,
que sustenta as suas coisas, com remoinhos de imagens. E
o tempo
de agora, embora possa ser o mesmo, ou outro, ou o tempo
contínuo,
de nada vale ao tempo, de ontem, de hoje e de amanhã. O
tempo voa;
o tempo não sai do lugar; o tempo é uma forma precisa e
alcançável,
e, simultaneamente, a forma do impreciso que teimamos em
procurar.
[sobrevoo]
Simplesmente fantástico!
ResponderEliminarBeijo. Bom fim de semana
É sempre uma agradável surpresa ler-te e assistir a transformação das coisas triviais/banais (na aparência, algumas vezes são pequenas coisas...) em, pelo menos, pequenas maravilhas... na minha opinião... ou de que eu gosto, ou ao meu gosto! :)
ResponderEliminarBjks
Absolutamente exemplar... esta tua definição poética de tempo... esse intervalo... associado à nossa existência, em factos... que tanto tem de generoso... como de cruel... sempre imparável... e contudo... em permanente contagem decrescente...
ResponderEliminarAdorei cada palavra! Beijinho
Ana