Fonte do
presente, popular passado e sem futuro?
Crescem
valados na velha fonte abandonada,
Fonte
de encontro de escondidos calores.
Perdeu
a pureza da água, que ganhou cores,
Talvez,
por ouvir tantas e falsas promessas, cansada.
Ainda
se ouve a melodia líquida arrastada,
Já
sem os beijos, os abraços, as alegrias anteriores.
Foi
a Fonte do Arneiro, nunca a Fonte dos Amores,
Que
os acolheu na ânsia fresca e apressada.
Muito
sonhei, ali, despreocupado e demoradamente
E,
também, ali, amei só, um pedacinho de gente,
Aspirava
às alegrias, que sempre foram ilusões.
Não
te culpo, nem a ninguém, por não estar contente
E
não te esqueci, fonte esquecida e sem ambições,
Onde
formulo desejos e prometo não enjeitar convicções.
Outubro/Novembro 2007
Soneto sobre uma certa fonte.
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