Noutro momento
O tempo já não
espera por mim
E houve um tempo
Ouve o tempo
Prossegue o
espectáculo
Dentro do prazo
Sem data de validade
Numa expiração
renovada
Que sem me acordar
me desperta
Com a sua mão
ausente
A fé em espelhos
deformados
Princípios de nada
Não-ser de essência
Que se propaga e mistura
No fundo do seu
fundo, abre os olhos
Conhece a cena de
cor
E os sonhos nos
vidros partidos
E na água derramada
por terra
Que vive
Vive algo dentro
deste peito
Outro tanto parte
num veleiro
A quem chamaram “Fortuna”
Mas que se chama “Forma”
E formatado sem
regresso
Não foi executado
para sempre
Noutro tempo
O momento já não
espera por mim
E houve um momento
Ouve o momento
Que não fala de novo
Dentro do rio sem açude
E sem estagnação
Na escora das horas
De um pesar incolor
E de coloração ser
dor
Que pernoita num punhado
vago
No íntimo denso das
manhãs
Que já não acordam
Não ocorre um tempo
Vive um olhar que
não reside
Não existem saliências
caídas
Há argumentos
despidos
Mantos abandonados
Mandos que não abrigam
E uma nascente
conformada
Por entre caminhos
esquecidos
Tive um tempo que
acordava
Num tempo que não
dormia
Tenho um tempo que
não dorme
Num tempo que acorda
Numa brisa de dedos
frios
De uma bruma dobrada
De um ancoradouro
de abrigo
Desobrigado
Onde não se diz o adeus
tácito
E o bem-vindo implícito
Vive nos gestos e
feições
Espero que agora venha o tempo em que sorrias!
ResponderEliminarOlha um sorriso tão "giro". ==> :)
Eliminar;)
Para mim desde que seja realmente sentido é perfeito ;)
EliminarHá dias em que sorrimos por sensatez, por acreditar que um sofrimento justifica uma causa maior, porque o que ficou é importante...
Eliminar:) Estou a sorrir.