Não encontras-te Amor no dia de ontem
Nem na procura vã no leito desfeito
Debaixo dos lençóis amarrotados
Nem debaixo da cama ou dos tapetes
Onde apenas encontraste os fantasmas
Amedrontados, diminuídos, mortiços
Nem na penumbra pela casa obumbrada
Que não se salvou do eclipse imposto
Em desculpas e arbítrios de há muitos dias
Nem nos abraços ao vazio e ao vento
Que passava sem pedir e sem observar
Nem nos beijos ao retracto e ao coxim
Que permaneciam frios e silenciosos
Não havia respostas depois da antemanhã
Não havia respostas depois de ler o vaticínio
Não havia respostas depois do jejum
Não havia respostas depois do pôr-do-sol
Não havia respostas depois de contar até mil
Não reparaste que já nada resta
Para além das mesmas histórias plangentes
Para além das mesmas desculpas para não
Recomeçar.
Olá Henrique! Um poema "complicado" não sei se o entendi, mas como sempre muito, muito bem escrito e bonito de se ler. Deixo-te um beijinho e até amanhã. Bom Domingo. Espero que esteja tudo bem.
ResponderEliminarOlá, Noctívaga!
ResponderEliminarAgradeço-te a visita e o comentário, generosos.
Beijinho
P.S.: Está tudo bem.