domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia de São Valentim



Dia de São Valentim

Sabes, procuro o alento nas nossas recordações
E mais me fazem sentir a tua já sentida falta.
Porque estou eu sentado e sem ti de verdade?
Formulo esta e muitas mais questões,
Enquanto a memória procura e salta,
É sempre à noite, possivelmente pela oportunidade.

Lembro-me de outras buscas, outras ausências,
Outras noites duráveis de contínua saudade.
Fico a olhar parado e sem ver nada,
Só o passado, as histórias, as vivências.
Sempre a mesma e já conhecida ansiedade,
Nem o sono vem, nem a leva descansada.

Saúdo a noite e a manhã com os braços vazios.
Começo este novo dia com a certeza do nosso amor
E um nosso passado curto, mas de bons momentos.
Quero ter-te e aquecer todos os teus frios,
Acariciar todo o teu corpo sem pudor
E mitigar, mesmo, todos os teus lamentos.

Ouvi-te dizer as palavras mágicas e também já as li.
Por elas abriram-se as portas de um futuro
Para além da imaginação, tão longe e tão perto daqui.

Esgueira, 14 de Fevereiro de 2001.