Mostrar mensagens com a etiqueta D. Aurora. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta D. Aurora. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pinta



Freto o crepúsculo, com um sorriso,
Que carrego e é meu, não sendo de ninguém.
Levo de tudo e saudades, que não deixo, nem preciso.

Sabia que um dia seria assim,
O fim estava traçado e repleto de zelo,
Só, como sempre desejei e imaginei.
Não lamento, não há mágoa, há o simples fim
E é bom trazê-lo.

Mesmo sem o ponto, que aponto, quase tonto,
Não foi o ponto, e o ponto, o ponto final,
Sem redução ou simples lei,
Por mais voltas que o ponto tenha, com desconto,
Rumo sem ponto ao encontro do ponto original.

Não é queixume, coisa aturdida de outra invenção,
É alegria, descanso e ponto.
A sobra sobeja na industriosa imaginação.

Enquanto descalço a jornada;
Enquanto dispo o encargo cumprido;
Enquanto me agarro ao verso sem nó e sem grei;
Enquanto quase tudo, e já quase nada:
Somo contentamento à viagem do vivido.

Dona Aurora ficará sem rasura,
Apara de liberdade livre e liberta.
Saibam cuidar dela os olhos que desvendei,
Talvez de uma forma dura,
Mas sempre com a bondade que o carinho desperta.

Pinta a pinta com pinta e meia,
Com pena de pinta-caldeira,
E logo a pinta é mais pinta do que a pinta que a semeia.





E Dona Aurora(r) ficou, precedida por outras auroras e outros "aurorares".