Não poderás ler nas minhas mãos a sorte
De tão vazias
De linhas esguias
A minha sina levou-a o vento norte
Das minhas mãos o desejo apenas
Que é o desejo de todo um corpo
Permite-me que saia absorto
Da página e sem penas
Nem sequer fico na margem
Leva-me a aragem
Por mais do que uma noite e um dia
Mais do que um mero querer mundano
Mais do que unir o nosso corpo humano
Eu quero unir a nossa luz e a nossa energia
Na dimensão do desengano