Mostrar mensagens com a etiqueta ribamar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ribamar. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ribamar


Um resto sombrio de luz difusa propaga-se e matiza
O céu e os cirros como um imponente vaticínio de glória.
O mar avançou sobre a minha humedecida memória
E recuou para de novo investir, numa rotina que enfatiza.

Erguido, elevado, e ao lado do rochedo que profetiza,
Vejo o céu cor de palha e laranja, imagem satisfatória
Que não me celebra, nem difunde qualquer vitória,
Numa revolta apaziguada que, também, não me ironiza.

O relento e eu, em coerência inequívoca e cooperante.
Espalham-se anais por vários quilómetros do mesmo céu,
Com a bruma em unidade parceira e em forma de véu.

Um acto íntegro de compadecimento, distinto, distante,
Agarra-se com arrojo a um último e extremo olhar rasante.
Lograsse ela levar-me como seu derradeiro troféu…

25 de Novembro de 2011.