Mostrar mensagens com a etiqueta Barra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Barra. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 11 de março de 2013

do céu à terra




o meu céu tem nuvens de poesia
e poemas em nuvens que disperso
azuis e cores quentes em verso
e quando chove é uma heresia
que derrama um universo
reúnem-se os poemas da noite com os do dia
os do ar com os da terra
e toda a inspiração se descerra
e toda a realidade é fantasia



Aos desejos ocupados





Estrondosos movimentos estimados
Percorrem, em juízos contíguos,
Os equívocos que abandonam ambíguos,
Simultaneamente consumados,
Cumulativamente clamados.

Noto uma nota de absinto,
Um pranto esconso e adverso
De um amor disperso,
Por fim, num fim extinto.
E no reverso,
Pontas soltas do universo,
Que resolvo,
E envolvo e devolvo.

Provêm da apatia aprumada,
Um breve vento fleumático, do início,
Acompanhado de zelos de precipício.
E, eu, um âmago de existência insubordinada,
Munido de morfemas
E cinza de poemas,
Trilho uma linha abandonada
Em convenções de frugalidade
E desprendimento de naturalidade,
Muito antes da alvorada.



quarta-feira, 6 de março de 2013

incluso



por um instante
sacudo a alma
e em abraços de afecto
uno o frio livre
aos sonhos povoados
sigo o calor de dentro
aguardo
paciente
enganos que saem
juntamente com os extintos
sonorosos
que me acompanham

distintos
do outro lado intrínseco
o farol orienta destinados leais
e a chaminé projecta anseios
na antiga salmoura
e sociabilizam
portadores de fé
não é fácil
nada o é
paro à entrada
perfeita e abundante frequência
saúdam-me cercos inclusos
afago a tarde das portas e janelas abertas
oásis compreensíveis
que fluem espontaneamente
e abraço-me nos braços do amanhã
onde entro
transponho as utopias de fora
o presente fecha a porta


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

hoje sim


farol
Farol de Aveiro - Praia da Barra, Ílhavo - A partir da barra


hoje sim

recolhida
a laguna procurava o aconchego de palavras balsâmicas
térmicas e lenitivas
que eu perdia do meu corpo

falámos
depois
longamente
no seu dialecto de sons
silêncios
gestos informais
e gradientes de temperatura
linguagem viva
e cujas vibrações envolvem completamente
como uma atmosfera
como amor de amor

hoje
sim
confundo a vontade de escrever
e entrego-me aos seus braços
não sou boa companhia
máscara de ria
estou mais poluído
mais frio
mais turvado do que tu