por vezes gosto de sentir o vento norte
ignorar a díade de reciclagem de sentenças
rumar num perder de vista e de avenças
sair da explicação do significado da sorte
e ir com qualquer predicativo oferecido
na qualidade positiva de um perdido
com um sorriso plasmado em recorte
acutilar a calma com um punhado de drama
terminação de braços pendidos sem cio
e abismo envolvente que não nasceu vazio
um pouco de corpo chama
ninguém vê ou acredita
numa demanda que crepita
e instinto que proclama
fica o meio na expectativa da espera
a questão refreada numa dor redundante
o elemento assertivo circundante
de uma luz coada pela primavera
num ramo de alfazema
e será para sempre este o dilema
o peculiar ou o filosófico que prospera