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quarta-feira, 27 de março de 2013

na margem ou entre as linhas





por vezes gosto de sentir o vento norte
ignorar a díade de reciclagem de sentenças
rumar num perder de vista e de avenças
sair da explicação do significado da sorte
e ir com qualquer predicativo oferecido
na qualidade positiva de um perdido
com um sorriso plasmado em recorte

acutilar a calma com um punhado de drama
terminação de braços pendidos sem cio
e abismo envolvente que não nasceu vazio
um pouco de corpo chama
ninguém vê ou acredita
numa demanda que crepita
e instinto que proclama

fica o meio na expectativa da espera
a questão refreada numa dor redundante
o elemento assertivo circundante
de uma luz coada pela primavera
num ramo de alfazema
e será para sempre este o dilema
o peculiar ou o filosófico que prospera


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Deixa-me escrever nessa margem estreita


Deixa-me escrever nessa margem estreita
ou
Rotação

Gaivota,
Aceito a tua anedota.
Deixa-me escrever nessa margem estreita,
Numa determinação insuspeita,
Sem obscenidade ou jura,
Só por sanidade e dilecção pura.
Sobram-me as palavras que consentem,
Apesar das discordâncias;
Sobram-me as palavras que não mentem,
Apesar das deformações e instâncias.
Associemos as nossas ideias e penas,
Conciliemos circunstâncias de lenas.

Deixa-me escrever nessa margem estreita,
Como quem se estreita
Nesse pedaço de perspectiva,
Antes que lhe falte o espaço;
Antes que perca a iniciativa;
Antes que me vença o cansaço.
Vai subir a maré
E vamos ficar sem pé.
Estamos na margem do mar,
À margem de um algar;
Na margem do papel,
À margem de um corcel;
Na margem da estrada,
À margem de nada;
Na margem da lembrança,
À margem da segurança.

Deixa-me escrever nessa margem estreita,
Esqueçamos a interdição e o guarda que espreita.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

E hoje… (XXIII)


     ... O abatimento, a sensação angustiante de impotência de quem tudo pôde e não alcança. A intransponibilidade de alguns reparos. A margem, inóspita e dotada de inópia ou de consciência marginal. O longo e não rectilíneo sentido único e a paragem obrigatória no final.

     Descanso! Surpresas agradáveis e sorriso aberto, desarmado e sem investida.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Abertura

Abertura
ou
Primeiro dia

E num primeiro dia de ano novo,
Com a antiga Lua recusada,
Com o desusado Inferno recebido
E com a margem em abismo,
Restaurei a possibilidade de sorrir.

Com todas as relíquias e antiguidades,
Sem reclamação ou manifesto,
Dirijo o anónimo bem-querer,
Hoje plausível;
Agora mentor;
Presentemente límpido;
Notoriamente condutor
E riu!

01 de Janeiro de 2012.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Breviário [X]


     Não posso ficar aqui. Esta margem é o meu custo, espelha o teu lucro; não é a orla serena, tranquila, e apaziguante que tu pintas.