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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mães



Letras, palavras, frases, versos, rimas, sílabas métricas, poema e poesia a parte, ressalvo a vontade de manifestar o meu maior apreço, o meu mais nobre sentimento, a minha mais pura admiração e veneração, perante dois dos grandes pilares da minha existência. Pode ser escasso o meu tempo, e pese embora o anonimato e o ser comum, não quis deixar de partilhar convosco uma genuína verdade de uma humilde dedicação.



Para além de um anónimo festejo

Em compensação tenho duas grandes Mães.
Sim, querida avó, és tu minha Mãe também!
Para além do banal do ritual dos pães,
Amam-me, e deveras, como mais ninguém.
Sei que ausente também estou presente,
Sei que maduro ainda sou preocupação.
E sinto-o como um filho sabe e sente.

Há o passar das muitas noites veladas,
De guarda, em cuidado e desassossego,
Mal dormidas, sentidas e choradas.
Horas de grande apoquentação e apego.
Lágrimas por dolência e por alegria,
Derramadas com semelhante fervor,
Enxutas pelo abalo de nostalgia.

Recordo e acarinho as ternas vivências
Que fermentaram o meu crescimento,
Um pacato recanto sem audiências,
Mas tanto e tão meigo contentamento.
Grandes Mães, primeiro alternadamente,
Logo em simultâneo, sem competição,
Cada geração com a sua semente.

Para além de um anónimo festejo,
Amo as duas, neste período sem amor.
Agradeço-vos a vida e o desejo,
A bondosa dedicação sem favor
E toda a fortuna dos sentimentos.
Aninho-me na afectuosa lembrança
De tantos e tão extremosos momentos.

Honrarias, flores ou beijos nada são
E de nada valem, nem interpretam,
Nem representam a séria sensação
Que tais puros amores acarretam,
Que outros, espontâneos, despertam e ateiam.
Amores, dos amores desprendidos,
Que só as mães conhecem, ensinam, semeiam.



     - Hoje, sem mais palavras, com muito amor!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Estrelado


Sim! Mãe, eu sei, compreendes que nasci estrelado
Quando outros nasceram com uma estrelinha;
Vês para além do meu sorriso de linha
E descobres o meu coração apertado.

Quero ver o teu semblante apaziguado
E descansa com o bem que se avizinha.
Mãe, mãe, sabes sempre sem ser adivinha,
Sobre o que é bom ou o que me deixa assustado.

Grande, no teu tamanho não tens medida;
Amorosa, em dimensão pura, limite;
Presente, em qualquer tempo, tão decidida.

Porque me escondes a tua tez abatida?
Corajosa, protectora, dedicada;
Carinhosa, com ternura demorada.