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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

argau 11




as janelas entreabertas para temperar o ar 
eram a imagem de uma vida aberta 
o dia nascia e a alma já estava acordada 
portalegre sempre foi bonita 

nunca nos perdemos na serra da penha 
também já não havia nada a perder 
e a ausência da saudade do mar 
era a existência da exuberância 

da planície vista dali até ao traço difuso 
que era a consciência do horizonte 
aquela sensação de presença constante 

o amparo para qualquer adversidade 
e deixávamos cair qualquer prenúncio 
das nuvens onde ainda somos crianças 




quarta-feira, 23 de julho de 2014

argau 5


portalegre


não importava se procedíamos das estrelas, 
ou do mar; se éramos pó, ou energia; 
se éramos uma amálgama da realidade… 
cada um de nós já tinha amado para sempre 
e já tinha regressado várias vezes… 
sabíamos que era verão e quando as ondas 
chocavam nos nossos corpos, furtando a areia 
debaixo dos nossos pés, no seu regresso… 
não havia ilusão quando subíamos à serra 
da penha e víamos portalegre, no ocaso, 
de olhos fechados, sem enigmas ou receios. 
o para sempre foi o momento e a circunstância, 
o universo imediato e a felicidade do instante…