Simples e despido.
Este é o poema do amor,
O poema que não existe,
Um amor que não é de ninguém.
Onde as palavras ficaram
velhas,
Antes da vereda, que nos liberta,
E no qual não se desenvolveu
semente.
Sem atalhos e sem pretensão,
Este é, também, o poema dos
silêncios,
Poema que renuncia à rima
Porque, o silêncio tem mais
som
E repete um som igual,
Mais alto e além do verso.
O poema vai descalço e
descomplicado;
Vazio de expectativas.
Porque este é o poema limpo;
O termo da chapada;
A orla da serrania;
O prazo de validade;
A cercadura da omissão;
E é nada.