sábado, 24 de janeiro de 2015

oh!






um dia tudo vai acabar no início, 
num arrojo de fomentar e agitar 
o silêncio sideral. entretanto, 
há poemas vivazes no céu, 
que nos fazem adernar as sombras 
e dias em que o mar fica a olhar para mim 
várias horas, a fotografar-me os sonhos 
quando as palavras são pecados mortais 
e nós somos apenas perenes quando em paz. 
emmentes, abandono-me, espontaneamente, 
aos tumultos das ondas e das marés. 
são, simplesmente, movimentos de embalar 
e reticências que incitam a esperança. 
é o vento das boas-festas que me levanta 
e me leva para outro lugar. 



  [19 de dezembro de 2014]