As
crianças chamam-lhe «Bruxa»
E
os adultos que, embora com desejo,
Não
a possuem, também.
Finge
não ouvir e do xaile puxa.
Por
vezes, afirmam ouvir-lhe um bocejo,
Mas
eu vejo que a fada não se detém.
Para não se enganar, sem
rosto,
Lança o xaile sobre os
ombros,
Como se fosse uma rede.
Rede onde se esconde e ao
desgosto;
Onde se resguarda dos assombros;
Onde se afaga sem sede;
Onde, por fim, se aprisiona,
Achando-se a salvo,
Mas um continuo alvo,
Do mundo que desmorona.