Pejam-me
sentimentos com sinais sem termos, sem divisas, sem lemas, sem prazos. Imagens completamente desprotegidas e desveladas. Testemunhos inexpressáveis, inexplicáveis e, contudo,
presentes, que são arrumados, num acto de desprendimento. Hoje, não!
Rodeiam-me
as palavras aromadas, que dispo, e as que circulam e alternam com os silêncios e
circunstâncias formais. Visto o aconchego que retiro dos sossegos previamente aquecidos
e afago-me com a serenidade do recolhimento.
Guardo
a vontade de escrever versos que apenas rimem com pão e esqueço uma pátria de exilados sentimentais. Colho a vontade de descansar, encolho a necessidade premente,
reduzo a existência e o dia à sua dimensão e não peço indulto por não ser
imenso.