Breviário [XVI]

     É noite e aclaro, sem destinatários ou alvos definidos. Defendo e acredito na Internet livre e, como tal, entendo que a Internet é para todos: Para os amigos e para os desavindos. A diferença entre eles constata-se e consubstancia-se nos actos / acções e não puramente no que deixam escrito.

O elo e ela 

Este cachorro sem mato,

Que corre, o vira lata,

Que salta, brinca, não mata.

Bebe da água do sentido lato.

Passa para lá do regato,

Em busca do ouro, não da prata.

Consciente que se perder a regata,

Fica sem a sopa no prato.

Assentar o pé na fina tala,

Sem rodeio, nem canto de galo.

À pura flor, não parte o talo,

Porque a inteireza é a maior gala.

O risco, que não o cala,

Nem pela lei do estalo,

Sem receios, nem do calo,

Não foge do açoite, que estala.

A aliança quebrada e sem pernas,

Assumida ante divindades aos ternos,

É um mecanismo sem pernos,

Por mais que usem palavras ternas.

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O elo e ela.

O elo é cada um dos anéis de uma cadeia.

Ela é a mulher!

O elo representa a união.

Ela representa a amada.

A união com ela.

O elo aparenta o vínculo.

Ela figura a dificuldade.

O vínculo difícil!

18 de Abril de 2007

Só para dizer [IX]:

     Ler no sentido inverso ao sentido da escrita aporta alguns desvios. Talvez, apenas, alguns batimentos irregulares, agradáveis ou angustiados; ou o desencontro das certezas no percurso do imaginário, na procura do que atrai ou da matéria que repele. O que não significa, contudo, a imposição de fuga.