as ruas estão sós e choram de pé
com as sombras que dançam
com a alma numa chávena sem fé
dormem ao largo as ondas vivas
embaladas pela minha sombra solta
que vibra em esquecidas liras redivivas
as penumbras dançam ao meu lado
tento o alento de simplificar a meia-luz
vagas na minha simples ruína e enfado
quero devolver as fases e a lua
e aplanar as imensas espirais de deriva
juntamente com a proposição crua
tudo principia num simples tropeço
do acessível silêncio em mim
e daquilo que inatingível eu pareço