sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Realização repetível


Brevemente, poderei ser eu o velho que ignora a proibição 
de alimentar os pombos, como quem se alimenta de companhia, 
se ainda existirem pombos na cidade; se ainda existir um lugar 
habitável para velhos que tropeçam na solidão silenciosa; 
se o meu corpo não seguir o sentido da brevidade do sono; 
se não me afogar de vida ou de gestos imaginários. 
Ou poderei ser uma espécie de pombo sem preconceito, 
a criar esperanças; sem poder fugir da cidade, à espera de um velho. 
O amor é sempre uma solução viável, uma alternativa possível. 


 [massivo]



1 comentário:

  1. Pois o que dizer... senão o mesmo que afirmei no teu post anterior...
    Mais um poema que simplesmente adorei!!!! Tentarei arranjar uma foto, para ele, por estes dias, para o destacar qualquer dia lá no meu canto...
    Beijinhos
    Ana

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