terça-feira, 20 de novembro de 2007

Só para dizer...


     … Que me apetece provar e, seguramente aprovar, uma «sopa azeiteira» com uma fatia generosa de pão alentejano e, por fim, comer a «açorda à alentejana»! Uma bela açorda, preparada a partir da «sopa azeiteira».
  
     Apetece-me acompanhar a açorda com umas sardinhas assadas! Daquelas bem gordinhas, suculentas, com outro pedaço do pão alentejano a servir-lhes de prato comestível.
  
     Fica o desejo a demolhar. Não há tempo, nem é o tempo.
  
  

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

É preciso ter "Karma"


     Sim, é preciso ter “Karma”.
  
     Hoje é assim, junto mais uma inconsistência ao termo. Brinco com a calma e a acção. Amanhã, quem sabe, talvez melhor, talvez não tão mal, retalhe o azedume e colha a causa sem dolo e a coloque no devido lugar. No lixo. Porque, hoje tiraram-me do sério e a consequência está em mim. A história da causa/efeito, sem efeito, porque fui eu que recebi a reacção do mal praticado e não fui eu que o pratiquei.

     Até amanhã.




Sorte?!


--    


     Recentemente "prescreveram-me" esta sorte:

     «O grande prazer da vida é fazer o impossível.»

     Até concordo, mas quando passamos grande parte do nosso tempo a fazer o impossível, por culpa da incompetência de alguém e é esse "alguém" que colhe os louros, fica-se com uma gana…





sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mexer sem agitar



O meu silêncio não cabe na Terra,
Sobra-me a ausência que me encerra.
O fogo não consumiu as razões,
O bom senso ou a temperança.
Ó doce, ó travo de lembrança,
De velhas e passadas ilusões,
Tónico e sanha da mudança.

Calo-me, fala-te o Mundo
E não podes perder um segundo,
Com os meus sonhos de felicidade.
A tua conciliação não ilude,
Quando a ternura é um toque rude.
Guardo, indefinidamente, a saudade
Da antiga, solícita e perdida, atitude.

Sobra o ar que não me sacia o peito.
Resta o original sorriso contrafeito,
E a crua verdade encapotada.
Pára-me a vontade que me move,
No consentimento que reprove.
Vejo, sem ver, a redentora cilada,
Em ternura, que cativa e demove.

Numa onda de contínuo contentamento,
Em doce aproximação e amargo afastamento,
Felicidades, amada, na alegria do afago.
Não são milagres, nem fantasias,
Nem eu serei igual todos os dias,
São alvoroço e serenidade, o que te trago
E vão de encontro ao encontro que anuncias.

Mesmo que o "para sempre" não perdure,
Que a dúvida de um futuro não amargure
Este instante de partilha, presente de paixão.
É a afortunada desocupação que tem emprego,
Este é o desprendimento onde há apego,
Um momento em movimento de alienação.
Esta é a paz onde não há sossego.

Quero dar-te, amor, o meu colo,
Usa-o em consciência, sem protocolo.
Faz dele desassossego e local de quietude.
Reconforta e debilita o desejo
E na tristeza, concebe, nele, o festejo.
Visita-o sem pudor, em recato e amiúde,
Satisfaz a cruel míngua de sobejo.




Provérbio Japonês - I


     “Caia sete vezes, mas levante-se oito.”