Simples e despido.
Este é o poema do amor,
O poema que não existe,
Um amor que não é de ninguém.
Onde as palavras ficaram
velhas,
Antes da vereda, que nos liberta,
E no qual não se desenvolveu
semente.
Sem atalhos e sem pretensão,
Este é, também, o poema dos
silêncios,
Poema que renuncia à rima
Porque, o silêncio tem mais
som
E repete um som igual,
Mais alto e além do verso.
O poema vai descalço e
descomplicado;
Vazio de expectativas.
Porque este é o poema limpo;
O termo da chapada;
A orla da serrania;
O prazo de validade;
A cercadura da omissão;
E é nada.
e sendo nada, ele é tudo, é poema e é amor, pois ambos são feitos de leveza e descomplicados porque é na simplicidade e tantas vezes nos silêncios das palavras não ditas que o ritual do amor e da poesia é sentido como harpa da vida que toca os acordes sinuosos do coração.
ResponderEliminarbeijinho de bom fim de semana
És muito amável, Luna!
EliminarObrigado!
Beijinho
Bom fim de semana!
Eliminarcara,não sei!
ResponderEliminareu li este texto e senti ritmo e ondas no meu olhar!
Obrigado, Ricardo!
EliminarUm abraço
Gostei imenso do poema. Por várias passagens. E quantos silêncios não ensurdecem? Chocou-me "o termo da chapada" mas a vida também é feita disso, como de afagos e afectos que tudo suplantam, menos a distancia que dói mais que a chapada em si. Muito bonito. Deixo votos duma boa semana e um beijinho.
ResponderEliminarOlá, Verniz Negro.
EliminarTambém me chocaria, acredita, se fosse como sinónimo de bofetada. «O termo da chapada», aqui, significa: o limite de uma extensão plana, da planície.
Obrigado!
Beijinho
Sempre a aprender. Desta vez não fui ao dicionário... Pronto! Apanhaste-me :)
EliminarÉ bom ler-te. Vou sempre daqui mais sábia e com os olhos cheios de cor e beleza. Bj boa semana.
:) De forma algo grosseira, costumo dizer que as palavras homógrafas são tramadas.
EliminarAqui pouco aprendes, Verniz Negro.
Obrigado!
Uma boa semana para ti, também.
Beijinho