Quando partes para esse teu mundo de fantasia
Esperas que eu fique aqui e aguarde tranquilo,
Esperas que eu trabalhe e faça isto e aquilo.
Despedes-te com um sorriso e uma qualquer ironia.
O teu olhar é cruel, gélido, e cega a minha alegria.
Refugio-me no silêncio e pensas ser tu a urdi-lo.
As horas passam e passam os dias e nós nesse silo,
Presos nessa violência invisível, na raiva da tua tirania.
Quando voltares dessa tua viagem alucinada
Esperas que eu esteja aqui de braços abertos,
Esperas que te abrace e não te diga nada.
Agrides-me e tens os meus carinhos por certos.
Eu estou cansado da vida escusa e amargurada,
Os meus sentidos doridos estão despertos.
Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2006.
Vi-te no Sol. Onde tb adorei.
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