recordo as mãozinhas frágeis e seráficas
de avó em alheio inocente. e as minhas,
tão diferentes, em duro apoio de cabeça,
guardam os vórtices de palavras apressadas.
um gemido sinfónico de mansarda antiga
ameaça diluir o arrojo de um hesitante
esconderijo apreçado ao silêncio ponderado
e de uma inequívoca imobilidade fractal.
conjugo os sentimentos e as faculdades gastas
como quem conjuga os verbos na terceira pessoa.
e, apesar de tudo, ainda tenho um caminho.
a lua é uma perífrase que amanhece nos ombros
de quem se agarra a mais uma risca do universo.
há, decerto, poemas nas entranhas do céu.
Que lindo!
ResponderEliminarDecerto que há!
So ha poemas nas entranhas do ceu...
ResponderEliminaracho que há...e que ela está a ler-te!
ResponderEliminartão belo!
:)