as janelas entreabertas para temperar o ar
eram a imagem de uma vida aberta
o dia nascia e a alma já estava acordada
portalegre sempre foi bonita
nunca nos perdemos na serra da penha
também já não havia nada a perder
e a ausência da saudade do mar
era a existência da exuberância
da planície vista dali até ao traço difuso
que era a consciência do horizonte
aquela sensação de presença constante
o amparo para qualquer adversidade
e deixávamos cair qualquer prenúncio
das nuvens onde ainda somos crianças
um apontamento de um momento em soneto que ficou muito bem.
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