quarta-feira, 23 de julho de 2014

argau 5


portalegre


não importava se procedíamos das estrelas, 
ou do mar; se éramos pó, ou energia; 
se éramos uma amálgama da realidade… 
cada um de nós já tinha amado para sempre 
e já tinha regressado várias vezes… 
sabíamos que era verão e quando as ondas 
chocavam nos nossos corpos, furtando a areia 
debaixo dos nossos pés, no seu regresso… 
não havia ilusão quando subíamos à serra 
da penha e víamos portalegre, no ocaso, 
de olhos fechados, sem enigmas ou receios. 
o para sempre foi o momento e a circunstância, 
o universo imediato e a felicidade do instante… 
  

  

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