Procuro, perdido, uma luz que não conheço.
Ouvi dizer que tu também te sentes só,
Que remexes em coisas cheias de pó
Desse passado escondido e tropeço.
Bem conheço as conversas de outras gentes
E das vontades de facilitar a confusão.Tão próximos estamos e tão separados são
Os nossos destinos de vidas diferentes.
Quero estar feliz contra os meus demónios,
Contra o cinismo circundante e opressor,Contra o colega autocrata e ditador,
Engenheiro da detonação dos meus neurónios.
Não me sinto derrotado, mas cansado.
Perdido!? Só pelo fraquejar da força.Não há porfia manhosa que me torça,
As lutas e disputas fazem parte do meu fado.
Porque não procuras essa luz comigo?
Vem juntar a tua dor solitáriaÀ minha dor crua e desnecessária,
Faremos do mundo o nosso abrigo.
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