Estava essa ninfa do mar descansada na praia,
Sem saber e conhecedora da morte
Que espera, todos os dias, pelo fruto do corte
Que espera, todos os dias, pelo fruto do corte
Da ceifa, que depois colhe e desmaia.
Esta ninfa, envolta em tecidos de cambraia,
Fiandeira eterna de amor sem sorte,
Não terá ela o poder da morte e da vida por porte?
Calipso, como a história se repete e te alfaia.
Perdeu o amor que um dia a avassalou
E ao mesmo tempo lhe servia de sustento. Um amor que sem dormir nunca mais acordou.
Uns dias ganha e em outros perde o alento
E remexe na areia que se aquietou,
Porque não é livre e já não está ao vento.
Tributo ao sofrimento de Calipso
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