Noite, dia de Julho
Falta um sono para vir o descanso,
Sobram os sonhos para correr a vida.
Avança pronta mais uma hora decidida,
Rumo a um futuro sem um alcanço.
Ando lento, mas na verdade ando manso.
Noto sem ver quem vai sempre de partida,
A noite, sempre ela altiva e assumida,
Pronta para levar, tirar e dar o balanço.
Diz-me porque os teus olhos já não brilham,
«Durmo.» Não pode ser a simples resposta.
Os meus procuram, perguntam e fervilham.
Mais tarde ao acordar, de vontade deposta,
Sem saber quantos enganos me palmilham,
Vou lutar com a força de quem ama, e gosta.
Esgueira, 12 de Julho de 2001.
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