terça-feira, 16 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Só para dizer [XXVIII]:
Existem dias de vazio, dias de semana, dias que são
eternos e infernos. Há dias. Há dias e dias. E, entre tantos outros, existem dias
em que um desprazer qualquer nos anexa numa tormenta poética de emoções e
sentimentos que nos deixam desalentados. Mas existem dias em que um regresso,
ou gosto, ou uma palavra, nos reúne a uma tempestade de vida e poesia, de
emoções e sentimentos, que nos arrebatam e resgatam do desencanto.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
E hoje… (XLII)
... Juntas e comissões. Um comité administrador de emoções, outro de sensações, um distinto para os afectos. Todos com várias pastas. Mais cargos e encargos.
Fica, porém, uma súmula de silêncio sobre o regaço, como uma pena rara, bonita, de ave; como uma prenda antecipada. A nota periférica da ria, de uma paisagem com muita margem para explanar completamente a observação, a fantasia e um cumprimento, rematada por uma atmosfera húmida, a tornar-me invisível, parte da neblina metódica.
Sereno, o sereno, embora frio, a convidar-me para um chá.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Ido
Nunca te vi, assim, tão coerente,
Indignação, despeitada e pungente.
O apelo às coisas simples, como voos e penas,
As palavras que arrojam em arenas.
A gaivota pairava sobre mim, indigente.
Decerto, em fragmento contingente,
Nenhum mofo ridicularizava o passado,
Qualquer dia ou legítimo momento insistente.
Sobretudo, soberana e atarefada,
No abrigo do ânimo desperto,
Elucida num sintoma de resolução confiada,
Que contesta, de perto,
O modelo que ficava, unicamente, ensoado.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
O dúbio
Não havia camponeses no campo
Havia um dilúvio de emoções maduras
E memórias que caiam por terra
A cada tiro de caçadeira
Por cada latido de cão de caça
E eu de mãos ocupadas com lembranças
E de coisas simples como eu
Sem recipiente para guardá-las
Na súbita via descendente
Desejei poder corrigir o mundo
Emendar os enganos
Eliminar as dores, as guerras e os ódios
Apagar as mentiras
Com um simples desejo
Com um simples pensamento
Com uma simples palavra
Parte de um descomplicado plano pateta
Sem nunca pretender ser profeta
Um fio de afeição aparenta estar a um
passo
De se desprender da
teia
Tão fácil de seduzir,
num semblante
Penoso de observar, enquanto
se espelha
Naquilo em que se transformou
Uma memória
inconfidente
Como também as palavras o são
Como também as palavras o são
domingo, 7 de outubro de 2012
E hoje… (XLI)
… Nada
resta, se excluir os pensamentos, que, contudo, tudo são e de tudo contêm, por
um tempo indeterminado. Não serão encontrados registos para além dos de um
cérebro emaranhado, fascinado, cansado, povoado de sons, de imagens e de
sensações de dias de descanso, onde incluo o dia de hoje. Descanso que não o é;
descanso que foi uma inquietação diferente. Inquietação que contorna,
deliberadamente, o desassossego e cogitações correlacionadas.
Sei que não sou assim tão forte e gosto de chocolate.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Canal de São Roque - Aveiro
Ria de Aveiro, canal de S. Roque, Aveiro - Vista parcial |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte do Marnoto ou do Laço, ao fundo |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte dos Carcavelos e barco moliceiro |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte dos Carcavelos (nova, 1953) |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte dos Carcavelos e barco moliceiro |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte dos Carcavelos |
Ria de Aveiro, Canal de São Roque, Aveiro - Ponte dos Carcavelos, pormenor |
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Por linhas
Persigo linhas invisíveis;
Trilho linhas perceptíveis;
Admiro linhas, de outros;
Alcanço linhas de que gosto.
E todas, variavelmente, me
apontam as minhas:
As que me possibilitam participar;
As que eu não admito possuir;
Aquelas que ostento sem vaidade;
As
que nunca hei-de avistar;
As
que me manipulam;
As
que me aprisionam;
Aquelas
que me libertam.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Nicho (3)
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Finos reflexos audazes
Sagazes,
Sobre elas aludem,
Desejadas memórias com espera,
E não se iludem.
As imagens superlativas também vivem na parede,
Agarradas como uma era,
Agrupadas com uma mesma sede,
Vêem-nos sair, por vezes amiúde,
E não exigem explicação ou virtude,
Contíguas a um adeus sem serviço.
Partem, também, sem desculpa ou compromisso,
Como todo aquele que foi um passageiro e efémero.
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