Eu quero falar-te sobre as coisas mais simples que me
aconteceram,
entretanto: deixei cair o outono, um pedaço de outono, na
primavera,
no regaço da primavera, e não sei se é justo que, agora, venham
separá-los,
neste tempo em que se começam a entender, embora tudo tenha
a simples
e extravagante aparência de estar infinita e repetidamente
baralhado.
Uma senhora quer comer-me as flores e, por outro lado, estou
dentro
desta ideia do tempo dentro do tempo, onde sopra um vento
dentro
do vento, e que se move, agora, à mesma velocidade do
tempo
que ocupa. Por isso, com certeza, não será conveniente
que eu apareça
com um tempo, que, embora tendo-o criado, já não me
pertence.
[sobrevoo]
Muito bem. Adorei o poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Boa noite
Gosto destes teus rodopios densos, cheios de conteúdo. :)
ResponderEliminarUm poema magnífico.
Bjks
Gostei.
ResponderEliminarum beijinho e bom fim-de-semana
E pela forma como o Outono, nos preenche o cenário de cores... há quem o considere uma outra Primavera... por isso... talvez estejam interligados...
ResponderEliminarAdorando ler este teu tempo... tão teu... nas tuas palavras...
Beijinhos
Ana