Nos dias em que as palavras imitam, primorosamente, as
galinhas
e ciscam, minuciosamente e com grande afã, as folhas de
papel,
a vida escorre-me mais rápida pelos poros, no meu céu, verde.
Um céu verde em lume brando, a dizer os contornos de
corpos,
de cujos olhos nascem sóis ardentes, que cegam o arame
farpado
das razões e esgotam os sentidos das palavras, tão
distraídas,
no efémero que fica do efémero que passa; onde há
sorrisos
emboscados a dizer sorrisos que dizem risos e um céu, o
meu.
Porque não haveria, eu, de ter um céu, verde, mesmo verde,
ou
a transitória sensação de o possuir, onde, ainda, se
permutam
as carícias amorosas intemporais, sem rede, sem arnês,
sem
qualquer carta de voo e com pássaros de nomes desconhecidos?
[sobrevoo]
Que bom, ter um céu verde esperança... em que debaixo dele, tudo pode ser possível...
ResponderEliminarAdorei este teu céu, tão inspirador... e sendo tão imbuído de esperança... talvez esteja bem próximo, do verdadeiro conceito de... Céu!...
Beijinho
Ana
É muito bom, o poema. Resumidamente, sinto este céu como a vida em si (a vida, ponto! :) ), com a inerente componente sensorial e racional.
ResponderEliminarBjks
:)