quinta-feira, 12 de julho de 2018

Pouso





Vamos! Vamos espreitar e ver o que há de novo por aqui: 
eu, a ria, os pássaros e os jardins, com toda a sua fauna e flora; 
o meu velho e grande amigo ulmeiro a falar de si para si. 

De resto, nada mudou na parte visível das coisas e do verão;
no aéreo, no térreo e no subterrâneo da cidade física ou imaterial; 
na potência do sal, de onde sai o sal de toda esta visão. 

O mesmo excêntrico asfalto de um excesso circulatório, 
ou a mesma poderosa superfície de cubos de pedra imortal, 
convivem sob um mesmo e eterno vento fácil e giratório. 

Pelo horizonte, estende-se o selvagem do azul, sem novidade; 
a cidade avança e passeia-se pelos mesmos turistas de sempre, 
enquanto lhe chove um mesmo poema insone de felicidade. 


 [sobrevoo]



3 comentários:

  1. Muito bom! Há quanto tempo!

    Beijos-Boa noite!

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  2. Inspiração em alta, por aqui, neste teu regresso!... Já tinha saudades, de te ler, Henrique!...
    Deixo um beijinho, despedindo-me eu agora, por um tempito... chegou esta altura do Verão, em que costumo pousar o blog, por umas semanitas!... :-)
    Fica bem, e até breve!...
    Ana

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  3. (Há poesia nova que nem tinha visto!)
    Um regresso em grande! :)
    Bjks

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