Sem olhar, sacudi-o, não sei que bicho me mordeu.
É como que uma saída clássica e simples, um fio
de esquecimento que nos prende ao algoritmo da vida.
Depois, caí da nuvem, sem saber porquê, e levanto, agora,
o braço, de veias acesas. Peço a vez para escrever
silêncios
mais compreensíveis, bem se vê, em verde Portalegre,
extenso, vestidos de perspectiva ternamente arrefecida.
Não há, pois, nunca houve, por aqui, ponto de vista,
passadiços de amor de estação e, como se começasse,
despeço-me do Verão, como se adiasse a desconstrução
do tempo e temesse o menear ou a amotinação de sombras
antigas. Um penúltimo e um último olhar memorizam a cidade:
um acto de alinhar os volumes, de organizar e limpar a
luz,
de ordenhar as cores, de apascentar a vontade…
antes
de atravessar o momento que renasce à flor da terra.
[sobrevoo]
E às vezes, será mesmo nos silêncios, que nos reconstruímos, da desconstrução do tempo... e que bom, termos os nossos silêncios revestidos... de lugares especiais... como o teu Portalegre... que nos devolvem, perspectivas, afectos, e vontades... e nos fazem de novo... florescer por dentro... e nos devolvem... a tal substância e sustentabilidade, que às vezes, parece que nos escapa... e que nos vem lembrar, onde estamos... e para onde desejamos seguir...
ResponderEliminarVoltando... depois de uma longa ausência, aqui pelo mundo dos blogues... mas cuja saudade, já se fazia sentir...
Espero que tudo esteja bem, aí desse lado!...
Beijinho... e aguardando também pelo teu regresso...
Ana
Matéria, natureza, sentido, ser, essência, sinónimos que cabem na substância e que se encontram no poema, que me proporciona momentos e sentimentos aprazíveis, satisfação. É o que me faz sentir.
ResponderEliminarBjks