[aveiro | portugal]
|
avança mais um capítulo,
de rascunho em rascunho,
acrescentando ou saltando páginas,
num amontoar de enganos.
levantar nunca depois das sete horas.
eventualmente, cortar a barba;
tomar um duche, rápido, sem falta.
conduzir sem enganos e sem recordações;
retomar o trabalho e esquecer o dia,
sem tempo para sombras ou fantasmas,
que se amalgamam no possível nevoeiro
ou neblina e, seguramente, na noite,
que surge para que, mais tarde ou mais cedo,
eu possa regressar a casa, onde,
continuam os ofícios e as horas ardem.
um poema ajustado já não tem lugar
para estes ossos, morre sem ter nascido
onde, por fim, já não cabe a poesia,
e em dias sempre iguais…
[livro aberto]
Nem a rotina apaga a poesia do coração do poeta.
ResponderEliminarAveiro, sempre linda!
Beijos, Henrique. :).
cabe ao poeta mudar os dias
ResponderEliminarele já por si é um desassossegado.
beijinho
:)